domingo, 3 de janeiro de 2016

Compulsão por alimentos doces







Entrevista com o Dr. Ivan de Araújo, publicada no jornal O Globo – online, em julho de 2015, relata que a compulsão por alimentos doces não ocorre devido à necessidade de açúcar e sim pelas calorias que o alimento possui.

O grupo coordenado pelo neurocientista da Universidade de Yale investiga como alimentos calóricos estimulam os centros de recompensa do cérebro, verificando que o cérebro tem compulsão pelo açúcar porque é altamente calórico, e não por ser gostoso. Este seria o motivo de adoçantes não despertarem o mesmo apetite que o açúcar comum, por mais que seu sabor procure se aproximar do sabor do outro. O que conta não é o gosto, mas a quantidade de calorias.

Quanto mais açúcar é consumido, menos sensível o sistema se torna e mais açúcar é necessário para liberar dopamina. Pode-se dizer que o cérebro funciona como o de dependentes químicos, precisa cada vez mais da substância para obter o mesmo prazer.

Os edulcorantes não calóricos não tiveram o sucesso esperado contra a obesidade porque não enganam o cérebro, não saciando a vontade de comer doces.

Como conclusão, o Dr. Ivan de Araújo explica que o cérebro humano tem mecanismo de recompensa ativado quando a pessoa ingere produtos calóricos, o que gera compulsão. Isso se deve a falta de alimentos que acompanhou a humanidade por milhares de anos.

Atualmente há abundância de alimentos. Porém, o organismo humano ainda não se adaptou a abundância de comida extremamente calórica.