sábado, 2 de novembro de 2013

Alimentos considerados "saudáveis"

Alimentos considerados “saudáveis” podem causar o efeito contrário ao esperado quando não são utilizados da maneira adequada. A maioria das vezes o problema está na quantidade que ingerimos, contudo, nem todos os alimentos tidos como “saudáveis” são boas opções para emagrecer ou utilizar no tratamento de doenças crônicas. Veja abaixo alguns desses alimentos:

Alimentos integrais: apesar de ajudarem no emagrecimento e no controle do colesterol e glicemia por possuírem grande quantidade de fibras, podem ter mais calorias que sua versão tradicional.

Alimentos livres de gordura trans: as gorduras trans são formadas por um processo de hidrogenação para serem utilizadas para melhorar a consistência e aumentar a validade dos alimentos industrializados. Não se deve consumir mais que 2 gramas de gordura trans por dia porque esta gordura pode elevar o LDL e diminuir o HDL (colesterol ruim e bom, respectivamente). Como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária permite que a quantidade de gordura trans seja omitida no caso de ser inferior a 0,2 gramas por porção, muitos alimentos podem conter ingredientes que contém esta gordura apesar de indicarem “zero de gordura trans”. Assim, o consumidor deve estar atento ao rótulo, verificando os seguintes nomes dentre os ingredientes: gordura vegetal, gordura hidrogenada, gordura parcialmente hidrogenada e/ou interesterificada, margarina vegetal hidrogenada, óleo de palma, creme vegetal.

Barras de cereais: nem todas têm poucas calorias ou são isentas em açúcar. Assim, deve-se observar o rótulo a fim de verificar se este produto é ou não diet ou light.

Baked potatoes: são acrescidas de manteiga, creme de leite, queijo, bacon e outros ingredientes que acabam tornando-a um alimento hipercalórico.
Batata rostie: consiste de batata crua ou cozida ralada e frita na forma de uma panqueca aberta. Este alimento contém muita gordura porque é utilizada manteiga durante a fritura, além de conterem ingredientes adicionais (exemplos: toucinho, creme de leite, queijo, bacon entre outros).
 
Bebidas esportivas: devem ser consumidas por esportistas, após exercícios de longa duração, porque contêm grande quantidade de glicose, sódio e potássio. Os demais indivíduos que a utilizam após atividades leves podem sobrecarregar os rins, fígado e pâncreas.


Biscoito integral: a maioria destes biscoitos é feita com açúcar mascavo, linhaça e sementes oleaginosas, trazendo benefícios ao trânsito intestinal. Porém, o açúcar mascavo eleva a glicemia da mesma forma que o açúcar refinado. Também, apesar das sementes oleaginosas conterem ácidos graxos insaturados, seu consumo excessivo pode acarretar ganho de peso se consumido excessivamente.

Bisnaguinhas e pão para hambúrguer ou cachorro quente: a textura macia é devido à gordura hidrogenada, farinha e açúcar nos ingredientes. 

Cereal matinal: alguns possuem muito açúcar, podendo acarretar ganho de peso corporal ou aumento da glicemia.
Chocolate diet: os fabricantes adicionam gordura para melhorar o sabor, tornando-os mais calóricos que os convencionais.

Culinária japonesa e chinesa: as frituras que são comumente utilizadas nesta culinária possuem gordura saturada e colesterol (exemplos: rolinho primavera, harumaki, tempura, guioza, tempurá, frango frito, empanados, pasteizinhos e etc).
 
Embutidos, processados e frios (presunto, blanquet, peito de peru): a indústria usa substâncias conservantes (nitritos e nitratos) que podem causar câncer se consumidas excessivamente durante um longo período de tempo.

Frozen yogurt: são saudáveis porque são feitos com iogurte desnatado, mas podem tornar-se hipercalóricos dependendo dos complementos adicionados (exemplos: caldas, nozes, balas, chocolate entre outros).


Granola: apesar de conter muitas fibras (diminuindo a fome e regulando o trânsito intestinal), este alimento é bastante calórico por conter frutas desidratadas, mel e sementes (castanha de caju, amendoim e castanha-do-pará).

Produtos diet: não são todos os alimentos diet que apresentam menores calorias porque, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o termo diet pode ser usado em produtos isentos ou sem a adição de qualquer nutriente. Em outras palavras, alimentos diet podem ter a exclusão total de açúcar, gordura, glúten ou sódio, mas podem conter os açúcares naturais (exemplo: a geléia diet tem frutose).

Produtos light: produtos que apresentem redução mínima de 25% em determinado nutriente ou calorias, comparado com o alimento convencional. O alimento light não é indicado para pessoas que apresentem doenças (exemplos: celíacos ou fenilcetonúricos), mas podem auxiliar na perda de peso corporal caso haja redução no teor de algum nutriente energético. O sal light é indicado para pacientes com hipertensão porque possui menos sódio, mas não tem menos calorias.
Produtos sem glúten: A recomendação indiscriminada para restrição ao consumo de glúten não encontra atualmente respaldo na ciência, somente devendo acontecer mediante diagnóstico de doença celíaca, dermatite herpetiforme ou alergia ao glúten. O glúten está presente naturalmente (no trigo, centeio, cevada e aveia) e é utilizado na indústria devido a sua capacidade de dar viscosidade, consistência e aumentar o volume das preparações. Apenas a mucosa intestinal do indivíduo predisposto a estas doenças sofrerão reação imunológica. A restrição total de glúten é difícil e dietas muito restritivas podem até reduzir o peso corporal inicialmente, mas levam à monotonia e podem causar sérios prejuízos à saúde.
Saladas: algumas são temperadas com maionese ou molhos contendo muita gordura. Os croutons (pequenos pedaços de pão fritos ou assados com óleo, azeite ou manteiga), nozes e frutas desidratadas também aumentam as calorias da salada, tornando-a mais calórica.

Shoyu: a pressão arterial e a glicemia podem ser afetadas pelo consumo excessivo deste molho, porque possui muito açúcar, sódio e glutamato monossódico em sua composição.
Shushi e sashimi: são feitos com arroz contendo grande quantidade de açúcar, o que pode aumentar a glicemia e engordar (se consumidos em grande quantidade).

Smoothies: como misturam frutas com iogurte natural desnatado, são saudáveis. Contudo, a bebida pode ter a adição de açúcar e/ou sorvete, adicionando energia e tornando-a bastante calórica.

Sobremesas lácteas: São as preferidas por crianças e mães que acreditam nas propagandas informando ótimas fontes de proteína, cálcio, ferro e vitaminas. Porém, possuem grande quantidade de açúcar, gorduras, aromas e corantes artificiais.


Sopas industrializadas: a indústria utiliza gordura saturada e sódio a fim de melhorar o sabor e aumentar a validade.

Sucos industrializados: podem possuir mais açúcar e sódio do que os refrigerantes. Algumas também contêm corantes e aromas artificiais

Yakissoba: por ser temperado com molho shoyo, pode aumentar a glicemia e a pressão arterial de indivíduos susceptíveis.
 

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Não se esqueçam que continuamos com o recrutamento de voluntários com diabetes tipo 1: